Terça-feira, 1 de Setembro de 2009

há coisas que eu sei

 

Uma das vantagens por estar de férias é poder ter tempo para fazer aquilo que gosto mais de fazer. E das coisas que gosto mais de fazer quando tenho assim tanto tempo para isso é ver documentários seja do que for. Para isso, tenho por hábito deambular pelas programações dos canais temáticos do Discovery Channel, do National Geographic, do Canal História e afins. Além disso, também costumo fazer downloads de documentários que acumulo no disco rígido há espera de melhores dias. Tal e qual estes, em que reservo uma ou duas horas diárias para me cultivar. Na verdade, é sempre isso que acontece, pois seja o documentário interessante ou porventura aborrecido, acabo sempre por ficar a saber mais do que sabia antes de o ver. Depois é tudo uma questão de como fica arrumada a informação na minha mente. Até porque quando há algum assunto que me despertou a atenção, não só me vou lembrando do mesmo nos dias posteriores, como também sou capaz de trazer o assunto à tona numa conversa com alguém. Ora, entre um documentário sobre o sumo de melancia poder vir a ser utilizado para produzir etanol ou outro documentário sobre como se produzem lâminas de serras circulares para uso industrial ou caseiro, há sempre uma réstia de informação útil que retenho. Eu posso nunca vir a precisar desta informação mas se alguém puxar por algum desses assuntos não sou apanhado desprevenido. Por outro lado, não conheço assim tantas pessoas com quem possa esgrimir argumentos ou conversar afincadamente sobre os feitos de “Pedro, O Grande” ou sobre as missões do “USS: Nautilus”. Afinal, é só uma conversa como outra qualquer (!)
 
Como se costuma dizer por aí: o saber não ocupa lugar, logo não me faz mal nenhum adquirir todos estes conhecimentos mesmo que nunca me venham a ter qualquer utilidade. Afinal, a maior parte de nós, assim que aprende a ler e a fazer contas, acumula um sem número de conhecimentos que acabam por se estagnar nos nossos cérebros. Porém, faço questão de saber mais hoje do que sabia ontem e conto aprender mais amanhã. Não obstante de agora em diante deixar de ter tempo para adquirir conhecimentos desta forma tão simples e confortável – de me recostar e olhar para a televisão – enquanto as informações vão sendo captadas e arrumadas na minha memória. Seria tão fácil se tudo fosse assim tão simples, como por exemplo: um documentário a ensinar como fugir ao fisco e, ao mesmo tempo, para o Brasil, sem deixar rasto e assim evitar ser apanhado, narrado pela Fátima Felgueiras. Ou um documentário a ensinar como se jogar futebol na táctica do losango com uma equipa de putos mimados narrado pelo Paulo Bento. Isto seria como adaptar o documentário ao nosso quotidiano. Há tanta coisa por saber, por explicar, por conhecer, por aplicar. Que vou eu fazer ao que aprendi sobre a erupção dos raios gama? Ou àquilo que descobri sobre a marcha sazonal dos caranguejos vermelhos? Se me fizerem as perguntas certas, eu não darei respostas erradas. Têm é que me perguntar o que eu sei! Neste momento, tenho tanta informação na cabeça que mais pareço um fósforo. Basta que me lancem uma só fagulha para que eu possa fazer uma chama e desse modo brilhar. Afinal,  há coisas que eu sei,  mesmo que não me sirvam para nada (!)
 
Um abraço...
shakermaker

 

para ver: TheManWhoKnewTooMuch»Hitchcock
para ouvir: History por The Verve em A Nothern Soul (1995)
blogjob por shakermaker às 00:00

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10 LINCHAMENTOS:
De cigana a 2 de Setembro de 2009 às 02:15
Sinceramente, embora goste de alguns documentários históricos ou sobre o planeta e a vida animal, não consigo absorver-me em temas que à partida não me despertam qualquer interesse, até porque depois é difícil arranjar oportunidade para fazer um figurão com uma dissertação sobre "lâminas de serra circulares" ou "a erupção dos raios gama"...
Creio que só por um rasgo de sorte lhe vão pedir uma opinião abalizada sobre o assunto, e se experimentar elucidar os seus amigos sobre temas tão cativantes, o mais provável é bazarem todos! Certo?
Grandes ignorantes, tanta sabedoria desperdiçada!
De http://shakermaker.blogs.sapo.pt a 2 de Setembro de 2009 às 18:32
Ora viva!

Realmente não tenho tido sorte com as minhas tentativas de introduzir a migração sazonal dos caranguejos vermelhos numa conversa com os amigos.

Porém, parece-me que pode até ser um assunto interessante para uma conversa de engate.

Obrigado e bom trabalho!

Um abraço...
shakermaker
De mfc a 2 de Setembro de 2009 às 17:46
Adorei aquele documentário dos 8 a 1...
De http://shakermaker.blogs.sapo.pt a 2 de Setembro de 2009 às 18:35
Ora viva!

Há uns anos vi um documentário melhor do que esse: chamava-se 7Up e passou-se no antigo estádio de Alvalade com o rival do outro lado da 2ª Circular.

Obrigado e bom trabalho!

Um abraço...
shakermaker
De Manefta a 2 de Setembro de 2009 às 22:02
Ora viva!!

Caro Shakermaker...e então essa vida? Vai benzinho?
Homem, entendo-o perfeitamente, no que diz respeito aos documentários. É que também há coisas que eu sei, por causa deles e das minhas kridas enciclopédias disto e daquilo e outras de tudo um pouco. Por isso, gosto assim de gostar dos docs.
São do best e o bom que é quando me provocam um momento “ahh...afinal é assim”...
Gosto imenso do discovery quando me explica como funciona uma lâmpada ou como se faz um motor e, gosto muito muito do Bear Grylls.
Mas que homem tão tudo porra... Um gajo senhores, que ultrapassa os maiores obstáculos, como fugir de areias movediças com apenas uma palhinha e um clip, lê os signos do dia nas costas de uma piton e, ainda explica o quão nutritivos podem ser os testículos de um bode dourados duas horas ao sol quando estamos a 3000 mts de altura. Como se não bastasse profere palavrinhas num sexy british accent.
Foda-se gosto dele. Bem haja ao discovery.
Também gosto do bio channel, de saber sobre malta que já inspirou a mim e ao mundo e vê-los esgrimir argumentos sobre episódios passados, comparar percepções, o antes, durante e depois de vitórias e falhanços.
Perco muito tempo também no travel, fornece muita informação em formato light.
Ora, tudo isto fica altamente desbobinável depois de um copo ou dois, o que faz da minha pessoa uma bêbeda intelectual e cheia de nível, capaz de resolver tudo, mesmo não tendo um bode por perto ou lido o signo de manhã.
Aparte a malta que afecta a minha cognição, tenho para comigo que ultimamente me fazem muitas perguntas erradas e o beneficio acaba por ser todo do meu rico córtex.
Infelizmente e ao contrário do que os filmes nos querem fazer acreditar, um cigarro ou um fósforo lançado à gasolina ou quiçá a um ou dois copos de álcool não resulta na explosão que se pensa, contudo um fósforo molhado não é necessariamente pior que um fósforo queimado.
São as vacanças caríssimo, é o calor...Folgo em saber que as férias sempre serviram para recarregar energias, pelo menos até ao Natal.

Beijos e abraços,
Manefta
De la vie en long-métrage a 2 de Setembro de 2009 às 23:23
O Discovery Channel é o canal pré-definido na minha tv cabo. Não há cá nada de SportTv's e coisas do género - pelo menos não enquanto não há fins de semana ou jogos da liga dos campeões. Por isso é normal e rotineiro o vício naqueles programas. Programas esses que nunca encarei como documentários, mesmo talvez os sendo.
E digo-lhe, sendo eles ou não documentários, posso dizer que agora é-me difícil viver sem eles durante muito tempo. Não são o oxigénio que respiro, ou a água que bebo, mas são um belo passatempo e uma excelente forma de conhecimento audiovisual - muito diferente das telenovelas da tvi ou dos chats televisivos que por cá já discutimos.
Aconselho veemente

Um abraço.
De http://shakermaker.blogs.sapo.pt a 4 de Setembro de 2009 às 12:26
Ora viva!

É sempre bom saber que não sou o único ávido por conhecimento.
Juntos somos mais, e mais inteligentes

Eu até gostava de ter SportTv mas não posso porque assim nunca saía de casa...


Um abraço...
shakermaker
De http://shakermaker.blogs.sapo.pt a 4 de Setembro de 2009 às 12:32
Ora viva!

Ena, tanta informação, nem sei por onde começar...
Já sei, começo pelos fósforos!
Então um fósforo molhado não é menos perigoso que um fósforo queimado...
Pois bem, e sendo um fósforo queimado tem que ser necessariamente um fósforo usado

Deixe lá, há coisas que sei mas nem tudo importa saber se não nos fizerem as perguntas certas.

Cara Manefta,
obrigado pela visita sempre estonteante!

Um abraço...
De PrincesaVirtual a 3 de Setembro de 2009 às 18:29
Antes de mais espero que as férias tenham sido boas ou que estejam a ser boas.

Quanto a este «post» só posso dizer que estamos perante um vero «sabichão» blogueiro :D...

;) Beijos
De http://shakermaker.blogs.sapo.pt a 4 de Setembro de 2009 às 12:30
Ora viva!

As férias foram boas, obrigado. Espero que as suas também tenham sido dignas duma princesa


Sim, sei algumas coisas mas de que me servem?
Ninguém quer falar de insectos da savana!

Um abraço...
shakermaker

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