Sábado, 17 de Dezembro de 2011

música menstrual

 

Existem músicas para todos os gostos, de todos os géneros, bem como para todos os estados de espírito. Há música rock, pop, folk, hip-hop, etc. Dentro dos diferentes géneros de música há ainda os subgéneros: heavy-metal, trash-metal, techno, dance, indie, reggae, etc. Depois há também música clássica, gospel, celta, alternativa, etc. Música tribal, instrumental e também menstrual. Sim, pode haver música menstrual. Não é propriamente um género de música mas sim música para um só género. O género feminino – quando está num determinado estado de espírito. Ou estado físico. A música menstrual pode ser tão libertadora como confortante, principalmente naqueles dias difíceis que as mulheres – e somente elas – conseguem compreender. Esta compilação foi deveras complicada de fazer pois havia muito por onde escolher. Todavia, mais que um devaneio, isto pode ser um meio para apaziguar esse período (!)

 

Para quando começa o ciclo menstrual:

 

1 – I Bleed (Pixies)

2 – Red Alert (Basement Jaxx)

3 – Sunday Bloody Sunday (U2)

4 – Blood On The Ground (Incubus)

5 – Red Light Indicates Doors Are Secured (Arctic Monkeys)

 

Para aquela fúria das dores menstruais:

 

6 – Red Raw (Motörhead)

7 – Hot Blooded (Foreigner)

8 – Redder Than Red (Bob Marley)

9 – One More Red Nightmare (King Crimson)

10 – If You Want Blood, You've Got It (AC/DC)

 

Para quando o fluxo parece não parar:

 

11 – Heavy Flow (Moby)

12 – Red Red Wine (UB40)

13 – Spill The Blood (Slayer)

14 – Red Rain (Peter Gabriel)

15 – Blood Red Wine (The Rolling Stones)

 

Para os habituais cuidados higiénicos:

 

16 – Red Sails (David Bowie)

17 – My Red Joystick (Lou Reed)

18 – Red Carpet Massacre (Duran Duran)

19 – Shopping For Blood (Franz Ferdinand)

20 – I`ve Got The World On A String (Frank Sinatra)

  

Para os ciclos menstruais prolongados:

 

21 – Lady in Red (Chris de Burgh)

22 – Let It Bleed (The Rolling Stones)

23 – Only Women Bleed (Alice Cooper)

24 – Red Blooded Woman (Kylie Minogue)

25 – First Week/Last Week... Carefree (Talking Heads)

 

Um abraço...

shakermaker

 

Se alguém tiver mais alguma sugestão, faça-me o favor de a deixar aqui pelos comentários. Obrigado. Podem gravar estas faixas num CD e oferecer no Natal!

 

para ouvir: I Bleed por Pixies em Doolittle (1989)
para ver: ThereWillBeBlood » D.Day-Lewis
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Segunda-feira, 12 de Dezembro de 2011

o amor faliu

 

Não são tempos de amor nem há tempo para o amor. Porque tempo é dinheiro e não há dinheiro. E é preciso dinheiro para amar. Para enviar flores cheirosas e mensagens sms pirosas. Ou enviar postais melosos e oferecer ursos amorosos. Para telefonar e conversar horas a fio, ou  juntar pantufas quando temos frio. Não há dinheiro para navegar pela internet e falar pelo facebook nem para oferecer um tablet ou um netbook. Não há dinheiro para jantares românticos ou motéis tântricos. Não há dinheiro para escapadelas de fim-de-semana ou feriados na planície alentejana. Não há dinheiro que chegue para surpreender a pessoa amada, não há dinheiro para nada. O amor só por si não chega, não se financia a si próprio. O amor não passa duma brincadeira se não houver dinheiro na carteira. É preciso capital para amar, para juntar e casar, e até para se separar e divorciar. É preciso dinheiro para se investir numa relação – pois o amor é tão-somente um conjunto de boas acções que apenas têm valor quando também têm cotação no mercado. 

 

Oferecer um anel de brilhantes ou um anel de diamantes não é a mesma coisa. Mas a família e os amigos – ou seja, o mercado – avaliam essas acções que valorizam o amor nas cotações. E sem dinheiro não há amor que resista quando não existe liquidez que patrocine a permanente conquista. O amor só por si não chega, não se valoriza a si mesmo. O amor e uma cabana só dura uma semana mas com dinheiro na algibeira pode durar uma vida inteira. Um coração cheio de amor não nos vale de muito quando temos pouco – não se pode andar de mão dada com as mãos cheias de nada. É preciso ter dinheiro no bolso e amor no coração para manter viva uma relação. Aos românticos inveterados e eternos apaixonados: sem dinheiro vão acabar separados. Aos casados de longa data e ainda aos solteiros com namorada: sem dinheiro, o amor não vos serve de nada. Não são tempos de amor nem há tempo para o amor. Porque tempo é dinheiro e não há dinheiro. O amor está em crise mas a culpa é da chanceler. Puta que a pariu... Por causa da Merkel, o amor faliu!

 

Um abraço...

shakermaker

 

para ver: Margin Call » Spacey / Bettany
para ouvir: Everything Counts » Depeche Mode » Construction Time Again
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Sexta-feira, 18 de Novembro de 2011

dead man walking

 

 

 

    shakermaker 1975-2011 

 

para ver: DeadManWalking » Penn/Sarandon
para ouvir: Dead Man Walking por David Bowie em Earthling (1997)
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Quinta-feira, 18 de Novembro de 2010

alive and kicking

 

 

      shakermaker 1975-2010

 

para ver: Everybody`sFine » RobertdeNiro
para ouvir: Alive And Kicking por Simple Minds em Once Upon A Time 1985
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Quarta-feira, 4 de Agosto de 2010

saudade amolece

 

Não somos feitos com memórias perfeitas. À medida que o tempo passa, essa espécie de rendilhado vai-se desfiando, deixando para trás uns quantos fios. Um novelo que, se posteriormente tecido, reúne novamente todas as malhas. A nossa tapeçaria de memórias pode-se desvanecer ao longo dos anos – as cores podem desbotar, os pontos desfiar e até as fibras borbotarem. Pintar as cores para recuperar uma imagem do passado é o que temos que fazer. Mas como ter a certeza de que estamos a usar as tintas certas? Da mesma forma, à medida que vamos recuperando a nossa tapeçaria mental, será que estamos a bordar os pontos todos pelo sítio certo? E quanto ao borboto? Será que, mesmo assim, e apanhando-os um por um, recuperamos o mesmo padrão conjuntural doutros tempos? Por exemplo: quando vamos cumprimentar um antigo colega de escola que já não víamos desde que partilhávamos a mesma carteira na primária, a nossa memória saudosista é determinante na escolha das linhas que usamos. Por isso, o cumprimento que lhe fazemos é o reflexo da nossa nostalgia e, ao mesmo tempo, da nossa memória quente e feliz. Vai daí, damos-lhe um firme aperto de mão seguido dum abraço apertado e uma palmadinha nas costas. Porém, uns dias mais tarde, lembramo-nos o quanto ele nos lixava nas aulas e nos batia no recreio ou que por causa dele ficámos tantas vezes de castigo. Mas pior que isso: ficamos irritados e consternados só de pensar no que o outro ficou a pensar de nós. Continuamos a ser uns tansos.

 

Alguns dizem que as saudades degradam os pequenos ódios e fortalecem os grandes amores. Por exemplo: quando nos cruzamos com uma ex-namorada que nos fez a vida negra e com a qual perdemos os nossos melhores anos de vida, não resistimos em cumprimentá-la. É mais forte que nós, e lá ficamos de sorrisos de orelha a orelha como se nada tivesse acontecido. O mais curioso é que para cada pergunta que façamos – um ao outro – a resposta é sempre a mesma: está tudo bem. Mas não está nem nunca esteve! Contudo, a solução de ignorarmos o passado, não os cumprimentando ou até fingindo que não os conhecemos, não detém as saudades. A saudade só amolece o coração. E o principal responsável é o nosso cérebro que distorce essas nossas memórias, tornando-as mais apaziguadoras do tipo “não foi assim tão mau”. É mentira! Aliás, é pior do que aquilo que nos lembramos de mau se disso tivéssemos boas lembranças. Mais depressa a nossa mente nos faz lembrar de coisas que não aconteceram, inventando-as mesmo, do que nos faz recordar de coisas que realmente aconteceram. Então, e se está visto que não podemos confiar nos nossos cérebros, só nos resta os nossos esqueletos. Tiremo-los do armário! E da próxima vez que nos cruzarmos com um ex-colega, uma ex-namorada, um ex-patrão, um ex-amigo, ou um ex-qualquer coisa, dizemos-lhe das boas para que eles percebam que nós mudámos, que continuamos em mudança, mas que há uma coisa que nunca vai mudar:  não temos mais saudades deles!

 

Um abraço...

shakermaker

 

para ouvir: Sentimental Fool por Lloyd Cole em Love Story (1995)
para ver: Tetro » Francis Ford Coppola
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Sexta-feira, 23 de Julho de 2010

música para gente grisalha

 

 

Ontem à noite, num cenário romântico sob um ambiente nostálgico contra um vento ciclónico, houve música para gente grisalha. Não era difícil perceber que foi uma noite especial para muita gente que, tal como eu, aprecia ou idolatra os Roxy. Ali estavam eles, os míticos: Bryan Ferry, Phil Manzanera e Andy MacKay, membros fundadores duma banda que é bem mais do que isso. É um estilo de música – Roxy Music. Nunca os tinha visto ao vivo, somente o Ferry a solo, e bem arrependido fiquei quando não os fui ver em 2003 a Aveiro e em 2005 a Albufeira. Mas pronto, já está e valeu bem a pena esperar por mais esta oportunidade. Os jardins do Palácio Marquês de Pombal encheram-se de gente ávida por recordar os tempos em que ouvia aquelas músicas em vinil. Gente bem mais velha do que eu mas que trocou o habitual “serão em frente à televisão” por um concerto bem tocado por excelentes músicos tocando excelentes músicas. Nostálgicas, sim, mas intemporais, até porque o som dos Roxy sempre foi assim muito à frente – ou avant-garde. Aqui fica uma amostra com “Love Is The Drug” num cenário romântico sob um ambiente nostálgico contra um vento ciclónico. Para gente grisalha ou não, Roxy Music!

 

 

Um abraço...

shakermaker

 

para ouvir: Love Is The Drug por Roxy Music em Siren (1975)
para ver: The High Road » Roxy Music
blogjob por shakermaker às 00:00

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